terça-feira, 24 de junho de 2008

Estratégias para desenvolver competências e habilidades de pesquisa

Gostaria de colocar aqui neste espaço, estratégias para tentarmos conter o copiar e colar dos nossos alunos.
Temos que criar estratégias para que eles aprendam a pesquisar e não mais copiar textos na integra e achar que isso seja uma pesquisa.
Deixo aqui algumas questões:

Nós professores realmente ensinamos aos nossos alunos a pesquisar?
O que é pesquisar para nós professores?
Quais são nossos objetivos nessa pesquisa?
Temos alguma responsabilidade nessas cópias pela internet?

Essas são algumas reflexões que deixo para os professores pensarem sobre suas responsabilidades quanto as pesquisas de nossos alunos.
Uma das maiores vantagens da Internet é que ela é uma ferramenta que fornece acesso a uma enorme quantidade de informações que estão disponíveis em todo o mundo.

Segundo Bill Gates,a internet permitirá a exploração interativa de estudantes e professores aumentando e disseminando as oportunidades educacionais e pessoais, inclusive daqueles estudantes que não puderam estudar nas melhores universidades e escolas. Porém, ele adverte que para extraírmos os benefícios do uso das redes, precisamos encarar o uso dos computadores nas escolas e nas salas de aula de forma diferente.
Cabe a nós criarmos essa nova forma de utilização da informática nas escolas. Para que os alunos sem acesso a livros e todos os tipos informações. Podendo com isso tirar proveito dessa tecnologia hoje disponível nas escolas para o seu aprendizado e podendo assim competir no mercado de trabalho.

A Internet é um meio que poderá conduzir-nos a uma crescente homogeneização da cultura de forma geral e é, ainda, um canal de construção do conhecimento a partir da transformação das informações pelos alunos e professores.

Aprendizagem colaborativa é muito mais significantiva quando os estudantes podem trabalhar com alunos de outras culturas, podendo entender e perceber novas e diferentes visões de mundo, ampliando, assim, seu conhecimento.

Os estudantes trabalhando como colaboradores em projetos dentro ou fora das escolas podem medir, coletar, avaliar, escrever, ler, publicar, simular, comparar, debater, examinar, investigar, organizar, dividir ou relatar os dados de forma cooperativa com outros estudantes. Porém, é importante lembrar que os professores devem trabalhar com metas comuns e que a colaboração em sala de aula é o primeiro passo em direção à cooperação global.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A Pesquisa na Internet - Jose Manuel Moran

Deixo aqui um texto de Moran onde ele nos faz refletir de como fazer pesquisa na internet de modo criativo e bem planejado.


A Internet está trazendo inúmeras possibilidades de pesquisa para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula. A facilidade de, digitando duas ou três palavras nos serviços de busca, encontrar múltiplas respostas para qualquer tema é uma facilidade deslumbrante, impossível de ser imaginada há bem pouco tempo. Isso traz grandes vantagens e também alguns problemas.

Podemos partir, na pesquisa, do geral para o específico, dos grandes tópicos para os subtópicos. Em um primeiro momento, procuramos nos programas de busca as palavras-chave mais abrangentes, mais amplas. Por exemplo, televisão, televisão e educação. As palavras podem ser buscadas em serviços norte-americanos como o Altavista, digitando-as, além de em inglês, em português ou em espanhol, o que apontará os endereços predominantemente nessas línguas. As primeiras buscas mostrarão milhares de resultados. Escolheremos alguns das primeiras páginas. Gravamos alguns endereços, anotamos por escrito também as observações principais. O estudante iniciante na Internet se deixa, primeiramente, deslumbrar quando vê que uma pesquisa apresenta 100 mil resultados. Depois desanima, ao constatar que não pode esgotá-la, que há inúmeras repetições, muitas indicações equivocadas. Convém procurar mais de um programa de busca, porque os resultados não são idênticos.

Em um segundo momento, dirigimos mais a busca para temas específicos, por exemplo, televisão por cabo, televisão de acesso público, televisão comunitária, televisão interativa. Fazemos essa pesquisa em vários programas de busca. Vamos abrindo alguns endereços. Com a prática, desenvolvemos a habilidade de descobrir onde estão os melhores endereços, aqueles nos quais vale a pena aprofundar-se. Fazemo-lo, observando a organização dos tópicos, a riqueza e variedade de artigos, a respeitabilidade da instituição e dos pesquisadores.

Podemos coordenar pesquisas com objetivos bem específicos, monitorando de perto cada etapa da busca, pedindo que anotem os dados mais importantes e que reconstruam ao final os resultados. É importante sensibilizar o aluno antes para o que se quer conseguir neste momento, neste tópico. Se o aluno tem claro ou encontra valor no que vai pesquisar, procederá com mais rapidez e eficiência. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados e a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores resultados.

Na pesquisa com objetivos bem específicos, podemos fazer uma busca "uniforme", isto é, todos pesquisam os mesmos endereços previamente indicados pelo professor ou fazem uma busca mais aberta sobre o mesmo assunto. Vale a pena alternar as duas formas. Na primeira, há menos variedade de lugares pesquisados, mas podem-se aprofundar mais os resultados. Na segunda, ao deixar menos definidos os lugares, e sim o tema, as possibilidades de encontrar resultados inesperados aumentam.

Podemos fazer pesquisas de temas diferentes, individualmente ou em pequenos grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Essas pesquisas podem ser realizadas dentro e fora do período de aula. Durante a aula, o professor acompanha cada aluno, tira dúvidas, dá sugestões, incentiva, complementa os resultados, aprende com as informações que os alunos passam. Essas pesquisas são depois apresentadas para os demais colegas e para o professor. Este complementa, problematiza, adapta à realidade local, os resultados trazidos pelos alunos.

Como há tantas possibilidades de pesquisa e facilidade de dispersão, o educador estará atento, na aula-pesquisa, a escolher o melhor momento de cada aluno comunicar os seus resultados para a classe. A comunicação de resultados pode ser espontânea: o professor pede que, quando alguém encontre algo significativo, que o comunique a todos. Isso ajuda a que os colegas possam avançar mais, aprofundar os melhores sites, os mesmos assuntos.

Pode-se também, ao final do período da aula-pesquisa, pedir aos alunos que relatem a síntese do que encontraram de mais significativo. Os alunos terão gravadas as principais páginas, junto com um roteiro de anotações, para esclarecer a navegação feita e encontrar melhores relações, ao final. Um aprofundamento dos resultados pesquisados pode ser deixado para a próxima aula. Os alunos fazem, fora da aula, a análise das páginas encontradas. Procuram o que houve demais significativo. Esses dados são colocados em comum na aula seguinte. Professor e alunos relacionam as coincidências e divergências entre os resultados encontrados e as informações já conhecidas em reflexões anteriores, em livros e revistas. Essa discussão maior é importante, para que a Internet não se torne só uma bela diversão e que esse tempo de pesquisa se multiplique pela difusão em comum, pela troca, discussão, síntese final. A comunicação dos resultados ao grupo é cada vez mais relevante pela quantidade, variedade e desigualdade de dados, informações contidas nas páginas da Internet. Há muitos pontos de vista diferentes explicitados. A colocação em comum facilita a comparação, a seleção, a organização hierárquica de idéias, conceitos, valores. A tendência dos alunos é a de quantificar, mais do que analisar. Juntam inúmeras páginas. Se não estivermos atentos, não explorarão todas as possibilidades nelas contidas.

A pesquisa na Internet requer uma habilidade especial devido à rapidez com que são modificadas as informações nas páginas e à diversidade de pessoas e pontos de vista envolvidos. A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes. A intuição é um radar que vamos desenvolvendo ao "clicar" o mouse nos links que nos levarão mais perto do que procuramos. A intuição nos leva a aprender por tentativa, acerto e erro. Às vezes, passaremos bastante tempo sem achar algo importante e, de repetente, se estivermos atentos, conseguiremos um artigo fundamental, uma página esclarecedora. O gosto estético nos ajuda a reconhecer e a apreciar páginas elaboradas com cuidado, com bom gosto, com integração de imagem e texto. Principalmente para os alunos, o estético é uma qualidade fundamental de atração. Uma página bem apresentada, com recursos atraentes, é imediatamente selecionada, pesquisada.

Com freqüência, encontram-se assuntos novos, diferentes dos buscados e que também podem interessar a alguém em particular. O educador não deve simplesmente dizer ao aluno que aquele assunto não faz parte da aula. Pode pedir-lhe que grave rapidamente o que achar mais importante e que deixe para outro momento o aprofundamento desse novo assunto, para voltar mais que logo ao tema específico da aula.

Não podemos deslumbrar-nos com a pesquisa na Internet e deixar de lado outras tecnologias. A chave do sucesso está em integrar a Internet com as outras tecnologias - vídeo, televisão, jornal, computador. Integrar o mais avançado com as técnicas já conhecidas, dentro de uma visão pedagógica nova, criativa, aberta.

texto tirado do site:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19651997000200006&script=sci_arttext&tlng=en

Uma questão de ética ...

Ao usar sites da Internet nas suas pesquisas lembre-se de que eles são frutos do trabalho de outras pessoas, que consumiram tempo e criatividade para desenvolvê-los.
A maioria dos sites permite o uso do seu conteúdo em trabalhos individuais, desde que se cite a fonte. Isso vale para textos, imagens, programas, arquivos de áudio e de vídeo. Respeite o autor do trabalho, pois você mesmo pode ter trabalhos divulgados na rede e não vai querer que outros os copiem sem ao menos dizer que foi você quem os fez.

Pesquisa no internet



Há quem diga que a maior função do ensino nos dias de hoje é preparar o aluno para saber buscar a informação de que necessita. Certamente, as pesquisas são cada vez mais importantes para o aprendizado e a Internet está se tornando uma das fontes mais ricas de consulta. Mas não é toda pesquisa que tem valor educacional. Tudo depende de como ela é feita. Para que as suas pesquisas na grande rede sejam produtivas, o pesquisador deve confiar na fonte que está sendo usada. Deve-se ir atrás da bibliografia do site e ver se os dados são confiáveis e sérios.
Quando fizer pesquisas na Internet, procure se informar sobre quem mantém o site. A pessoa ou instituição que publicou é séria e se entende do assunto. Devemos nos certificar se a fonte é confiável. Infelizmente, ainda existe entre os internautas a idéia de que, pelo simples fato de estar publicada na Internet, a informação merece todo o crédito.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Estratégias para desenvolver competências e habilidades de pesquisa



Vamos discutir neste espaço estratégias de desenvolvimento escolar utilizando metodologias com senso crítico de responsabilidade e amadurecimento quanto as fontes pesquisadas na internet.

Temos que ter em mente que a informação que é colocada na Internet não obedece a nenhuma estrutura de organização e nem todas as fontes são confiáveis, e para se encontrar a informação que procuramos temos que fazer um maior esforço do que se procurarmos num local organizado, como um dicionário em papel. Gastamos muito mais tempo na net a procura de informações confiáveis dentro do assunto desejado do que em uma biblioteca como no passado.

A internet é um universo de informações amplo. É preciso ter algum método para navegar, ou podemos naufragar nesse imenso oceano virtual de informações.

São esses detalhes que temos com função passar aos nossos alunos para que eles no futuro possam saber fazer um pesquisa séria na internet ao invés de ficar copiando e colando a informação do primeiro site que aparece em algum site de busca da internet.

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